Enquanto rastejo em minha auto-comiseração
Vasculho em minhas lembranças
E em cada momento sinto você
É estranho sentir quando lembramos
Mas é isso que acontece
Sinto você
Seu sabor
Seu cheiro
Seu toque
Tudo muito vívido
Tudo muito real
A espreita
Sinto como se te prendesse em meu olhar
Em meus lábios
Em minhas mãos
Mas isso não é possível
A dor reclama seu lugar
E por fim, meu coração se entrega
O calor dá lugar ao frio
E sinto um terror subindo pela minha espinha
Já devia estar familiarizada
Nada é bom demais para durar
Ou talvez
Eu não seja boa o suficiente para que algo dure
A solidão me envolve
Não ouço mais seu riso
Seus sussurros
Não sinto mais teu calor
Apenas minha dor
E descubro com pesar
Que não sou mais ao redor de você
E nem você ao redor de mim
Sou apenas eu
Mais um vez
Incindicional e irrevogavelmente
Sozinha
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
O sono me envolve
Ouço o barulho da chuva a retinir no sino da igreja
Penso corcunda que o toca
No noivo que espera sua amada no altar
Nos que confessam seus pecados em busca de absolvição
Nunca me confessei
Mas minha alma vive em penitência
Percorro por caminhos putrídos
Escuros, lodosos, inabitados
Só dor e sofrimento
Por mais que suplique
Por mais que tente me redimir
Por mais que dê o melhor de mim
Não passo de uma corcunda
Que fica no alto da torre tocando seu sino
Ouço o barulho da chuva a retinir no sino da igreja
Penso corcunda que o toca
No noivo que espera sua amada no altar
Nos que confessam seus pecados em busca de absolvição
Nunca me confessei
Mas minha alma vive em penitência
Percorro por caminhos putrídos
Escuros, lodosos, inabitados
Só dor e sofrimento
Por mais que suplique
Por mais que tente me redimir
Por mais que dê o melhor de mim
Não passo de uma corcunda
Que fica no alto da torre tocando seu sino
domingo, 9 de novembro de 2008
Percorri os caminhos tortuosos da minha mente
Encontrei dor, sofrimento, num vale de lágrimas
Profundo e inexoravelmente negro
A cada passo sentia-me afundar
O aspecto lodoso me dá nojo
É escorregadio e pérfido
Sinto-me sozinha ao longo dessa viagem
O frio e a dor me envolvem
É extremamente flagelante
Meus pés, já não os sinto
Há apenas um rastro de sangue e auto-piedade
Sangue de um coração ferido
Sinto-me suja
Mas como limpar uma mente
Que há muito já não experimenta a vida?
Encontrei dor, sofrimento, num vale de lágrimas
Profundo e inexoravelmente negro
A cada passo sentia-me afundar
O aspecto lodoso me dá nojo
É escorregadio e pérfido
Sinto-me sozinha ao longo dessa viagem
O frio e a dor me envolvem
É extremamente flagelante
Meus pés, já não os sinto
Há apenas um rastro de sangue e auto-piedade
Sangue de um coração ferido
Sinto-me suja
Mas como limpar uma mente
Que há muito já não experimenta a vida?
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Então eu resolvi tocar-te
E como sempre tudo virou escuridão
Minha mente não permiti o descansar
O sentir, o amar, o passar, o desejar
Ela anseia pelo sofrimento
E viaja ao vale das sombras
Idéias inquietantes pululam frenéticamente
Em uma transmissão elétrica veloz
Numa ferocidade impressionante
Simula fatos que não existem
Encontra provas que não estiveram ali
E passo a não viver
Deito-me sob o salgueiro chorão
E fico a imaginar
Será que um dia poderei simplesmente amar?
Sem me preocupar com meus próprios paradigmas
Sem pensar nessa escuridão que me envolve
Sem sentir o frio da solidão
E como sempre tudo virou escuridão
Minha mente não permiti o descansar
O sentir, o amar, o passar, o desejar
Ela anseia pelo sofrimento
E viaja ao vale das sombras
Idéias inquietantes pululam frenéticamente
Em uma transmissão elétrica veloz
Numa ferocidade impressionante
Simula fatos que não existem
Encontra provas que não estiveram ali
E passo a não viver
Deito-me sob o salgueiro chorão
E fico a imaginar
Será que um dia poderei simplesmente amar?
Sem me preocupar com meus próprios paradigmas
Sem pensar nessa escuridão que me envolve
Sem sentir o frio da solidão
sábado, 11 de outubro de 2008
Sinto como se o dia e a noite fossem um só
Não vejo o início nem o final de cada um
Sinto como se fosse eterna minha solidão
Já nem sei mais a quanto tempo vago na escuridão
Sinto como se meu corpo já não existisse mais
E cada passo que dou torna-se um movimento involuntário
Sinto como se minha mente já não mais funcionasse
Transformei-me num ser autômato acostumado a sofrer
Sinto como se houvesse um buraco no lugar do meu coração
Mas existe algo que pulsa em seu lugar
Sinto que o tempo nada mais significa
Senão apenas a passagem das lágrimas de dor para as lágrimas de horror
Sinto como se algo faltasse em minha pseudo-vida
Falta uma pseudo-felicidade pra preencher os dias-noturnos intermináveis
Não vejo o início nem o final de cada um
Sinto como se fosse eterna minha solidão
Já nem sei mais a quanto tempo vago na escuridão
Sinto como se meu corpo já não existisse mais
E cada passo que dou torna-se um movimento involuntário
Sinto como se minha mente já não mais funcionasse
Transformei-me num ser autômato acostumado a sofrer
Sinto como se houvesse um buraco no lugar do meu coração
Mas existe algo que pulsa em seu lugar
Sinto que o tempo nada mais significa
Senão apenas a passagem das lágrimas de dor para as lágrimas de horror
Sinto como se algo faltasse em minha pseudo-vida
Falta uma pseudo-felicidade pra preencher os dias-noturnos intermináveis
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Havia luz até alguns instantes atrás
Caiu a noite
Lúgubre e fúnebre
Levanto meu olhar para o negrúme
Sinto a névoa ao meu redor
E me ajoelho
A insegurança me rodeia
E oro
Clamo
Peço misericórdia pelos meus atos
E espero
Aguardo em silêncio pelo meu julgamento
Até quando ficarei assim
Nas trevas
Na escuridão
Pagando sozinha por erros
Que não foram somente meus
Mas que eu deixei que acontecessem
Até quando
Eu grito
E só escuto o eco da minha voz
Caiu a noite
Lúgubre e fúnebre
Levanto meu olhar para o negrúme
Sinto a névoa ao meu redor
E me ajoelho
A insegurança me rodeia
E oro
Clamo
Peço misericórdia pelos meus atos
E espero
Aguardo em silêncio pelo meu julgamento
Até quando ficarei assim
Nas trevas
Na escuridão
Pagando sozinha por erros
Que não foram somente meus
Mas que eu deixei que acontecessem
Até quando
Eu grito
E só escuto o eco da minha voz
domingo, 5 de outubro de 2008
Talvez...
Andei pelos caminho da escuridão
Vasculhei cada canto do meu ser
Descobri que minha alma não tem cor
Me senti vazia
E quando achei que tudo estava perdido
Me senti irremediavelmente caindo
A cair
Escuto vozes
A cair
Ouço risadas malígnas
A cair
A vertigem toma conta de mim
A cair
Sinto olhares
Ninguém pra ajudar
É minha derrocada
Estou só
Desamparada
No escuro
No frio
Sem alento
Será que posso ir mais fundo?
Será que consigo me enterrar mais?
Será que sentirei mais dor?
Será que tenho salvação?
Será que alguém sentirá minha falta?
Vasculhei cada canto do meu ser
Descobri que minha alma não tem cor
Me senti vazia
E quando achei que tudo estava perdido
Me senti irremediavelmente caindo
A cair
Escuto vozes
A cair
Ouço risadas malígnas
A cair
A vertigem toma conta de mim
A cair
Sinto olhares
Ninguém pra ajudar
É minha derrocada
Estou só
Desamparada
No escuro
No frio
Sem alento
Será que posso ir mais fundo?
Será que consigo me enterrar mais?
Será que sentirei mais dor?
Será que tenho salvação?
Será que alguém sentirá minha falta?
terça-feira, 23 de setembro de 2008
...
Perdida no meu interior
Me procuro sem saber onde
Recolho-me sem saber como
Saio a procura de mim
Sinto meu cheiro
Vem de algum lugar
Mas não sei de que parte
Nem sei ao menos se é verdade
Minha mente prega peças constantemente
Minha alma chora
Quero meu corpo de volta
Minha liberdade
Sinto flutuar
Ouço vozes
Sussurros
Me chamam
Ainda não é a hora
Ficarei por aqui
Ainda tenho que me achar
Nessa busca sem início e nem fim
Me procuro sem saber onde
Recolho-me sem saber como
Saio a procura de mim
Sinto meu cheiro
Vem de algum lugar
Mas não sei de que parte
Nem sei ao menos se é verdade
Minha mente prega peças constantemente
Minha alma chora
Quero meu corpo de volta
Minha liberdade
Sinto flutuar
Ouço vozes
Sussurros
Me chamam
Ainda não é a hora
Ficarei por aqui
Ainda tenho que me achar
Nessa busca sem início e nem fim
domingo, 21 de setembro de 2008
O sol hoje brilha
Sigo por um caminho a muito esquecido
Tudo parece tão claro e limpo
Não ouço meus pensamentos
Nem a minha consciência
Eles querem me acuar
Sigo em frente de cabeça erguida
Vivendo o presente
Sem relembrar o passado
Mas sinto algo passar por mim
E lágrimas me vêm aos olhos
E tudo fica turvo
O sol deixa de brilhar
Seria apenas mais uma peça
Da minha mente devastada
Dos cacos de lembranças
De uma alma remendada
Que sofre em silêncio
Não tenho forças pra gritar
Não tenho forças pra agir
Não tenho forças pra sair
A dor da alma é grande
E chega aos olhos
Gritando e suplicando
Rastejo no meu sofrer
Contorço-me sobre meu suplício
Espero no meu arrependimento
Queria poder ver o sol
Sentir a brisa leve a me tocar
Ser só mais uma entre tantas outras pessoas...
Tudo parece tão claro e limpo
Não ouço meus pensamentos
Nem a minha consciência
Eles querem me acuar
Sigo em frente de cabeça erguida
Vivendo o presente
Sem relembrar o passado
Mas sinto algo passar por mim
E lágrimas me vêm aos olhos
E tudo fica turvo
O sol deixa de brilhar
Seria apenas mais uma peça
Da minha mente devastada
Dos cacos de lembranças
De uma alma remendada
Que sofre em silêncio
Não tenho forças pra gritar
Não tenho forças pra agir
Não tenho forças pra sair
A dor da alma é grande
E chega aos olhos
Gritando e suplicando
Rastejo no meu sofrer
Contorço-me sobre meu suplício
Espero no meu arrependimento
Queria poder ver o sol
Sentir a brisa leve a me tocar
Ser só mais uma entre tantas outras pessoas...
sábado, 20 de setembro de 2008
...
O frio me envolve
Não sei se é a ausência de calor
Ou ausência de amor?
Sinto as paredes ao meu redor se fechando
Não sei se é o ar que me falta aos pulmões
Ou será a minha falta de expectativa?
Ouço algo
Não sei se é obra da minha mente fatigada
Ou será minha própria respiração?
Estou só
Isso é um fato irrefutável
E a culpa?
Ninguém tem culpa
A vida só mostra o caminho
Basta trilhá-lo
Prefiro trilhar o da escuridão
Assim não causo feridas nem dor
Aos outros
Somente a mim
Sigo flagelando minha alma
A espera de absolvição
Ajoelhada sobre pedras
Que rasgam meu corpo
Que apenas vaga
Nas trevas da minha mente
Não sei se é a ausência de calor
Ou ausência de amor?
Sinto as paredes ao meu redor se fechando
Não sei se é o ar que me falta aos pulmões
Ou será a minha falta de expectativa?
Ouço algo
Não sei se é obra da minha mente fatigada
Ou será minha própria respiração?
Estou só
Isso é um fato irrefutável
E a culpa?
Ninguém tem culpa
A vida só mostra o caminho
Basta trilhá-lo
Prefiro trilhar o da escuridão
Assim não causo feridas nem dor
Aos outros
Somente a mim
Sigo flagelando minha alma
A espera de absolvição
Ajoelhada sobre pedras
Que rasgam meu corpo
Que apenas vaga
Nas trevas da minha mente
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Me olho no espelho
Fico espantada com o que vejo
Ou talvez com aquilo que não vejo
Noto que há algo além de mim
Seria talvez
A extensão de você
Então vejo que sou apenas eu
E um medo, antes contido,
Escapa pelo meus olhos vidrados
Queria poder te tocar novamente
Sentir teu gosto
Sentir teu cheiro
Mas não posso
Tomei uma decisão
Prefiro vagar no sofrimento
Ter por companheiras
A dor
E a solidão
Ou talvez com aquilo que não vejo
Noto que há algo além de mim
Seria talvez
A extensão de você
Então vejo que sou apenas eu
E um medo, antes contido,
Escapa pelo meus olhos vidrados
Queria poder te tocar novamente
Sentir teu gosto
Sentir teu cheiro
Mas não posso
Tomei uma decisão
Prefiro vagar no sofrimento
Ter por companheiras
A dor
E a solidão
domingo, 7 de setembro de 2008
Caminhando contra o vento
Contra a chuva
Contra mim
Contra meus propósitos
Contra minha conduta
Contra meus princípios
E por quê?
Porque escolhi esse caminho
Porque sou uma renegada
Porque entreguei minha alma
Entreguei sem luta
Sem pudor
Por amor
E pra quê?
Se ao menos soubesse
Se a Lua me contasse
Se as estrelas me ajudassem
Mas não há volta!
Sigo a estrada tortuosa do meu destino
Sigo sem olhar pra trás
Sigo somente em frente
Na escuridão que eu mesma criei...
Contra mim
Contra meus propósitos
Contra minha conduta
Contra meus princípios
E por quê?
Porque escolhi esse caminho
Porque sou uma renegada
Porque entreguei minha alma
Entreguei sem luta
Sem pudor
Por amor
E pra quê?
Se ao menos soubesse
Se a Lua me contasse
Se as estrelas me ajudassem
Mas não há volta!
Sigo a estrada tortuosa do meu destino
Sigo sem olhar pra trás
Sigo somente em frente
Na escuridão que eu mesma criei...
sábado, 6 de setembro de 2008
Mais um dia
Levanto
Há névoa ao meu redor
Ando
E o frio não dissipa
Seria
O frio da falta de luz
Ou
O frio da minha alma?
Talvez
Se procurasse alento em seus braços
Deixasse
Me entregar aos seus carinhos
Quisesse
Ser tua e tão somente tua
Todavia
Não posso
Tenho
Medo de te ferir
De
Me ferir
Sangrar
Novamente até a escuridão
Retornar
E trazer mais um dia
Onde
Tudo é igual e sem vida
Há névoa ao meu redor
Ando
E o frio não dissipa
Seria
O frio da falta de luz
Ou
O frio da minha alma?
Talvez
Se procurasse alento em seus braços
Deixasse
Me entregar aos seus carinhos
Quisesse
Ser tua e tão somente tua
Todavia
Não posso
Tenho
Medo de te ferir
De
Me ferir
Sangrar
Novamente até a escuridão
Retornar
E trazer mais um dia
Onde
Tudo é igual e sem vida
domingo, 24 de agosto de 2008
Chovia
Não havia estrada de ladrilhos vermelhos
Chovia
Não havia sapatos de rubi
Chovia
Não havia coelhos com relógios correndo para o chá
Chovia
Não havia rosa encantada
Doía
Não havia maçã envenenada
Doía
Não havia príncipe encantado
Doía
Não havia felizes para sempre
Mentira
Só havia chuva
Mentira
Só havia temor
Mentira
Só havia frio
Sozinha
Só havia escuridão
Sozinha
Só havia lembrança
Sozinha
Só havia eu
Sozinha...
Chovia
Não havia sapatos de rubi
Chovia
Não havia coelhos com relógios correndo para o chá
Chovia
Não havia rosa encantada
Doía
Não havia maçã envenenada
Doía
Não havia príncipe encantado
Doía
Não havia felizes para sempre
Mentira
Só havia chuva
Mentira
Só havia temor
Mentira
Só havia frio
Sozinha
Só havia escuridão
Sozinha
Só havia lembrança
Sozinha
Só havia eu
Sozinha...
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Enquanto caminho na escuridão
Sinto uma presença
Nem ao lado
Nem a frente
Nem atrás
Nem acima
Nem abaixo
Mas dentro de mim
Tenta me cercar
Tenta me dilacerar
Trazendo tristeza
Trazendo amargura
Trazendo dor
Sinto como se faltasse o ar
Sinto como se faltasse o chão
Sinto como estivesse a cair
Num poço sem fim
Num universo silencioso
...
Nem ao lado
Nem a frente
Nem atrás
Nem acima
Nem abaixo
Mas dentro de mim
Tenta me cercar
Tenta me dilacerar
Trazendo tristeza
Trazendo amargura
Trazendo dor
Sinto como se faltasse o ar
Sinto como se faltasse o chão
Sinto como estivesse a cair
Num poço sem fim
Num universo silencioso
...
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Eu sou aquela...
que quando menos se espera
surge na escuridão
acalenta seus sonhos
desaparece na multidão
corre do próprio destino
sempre lenta ao seu desvario
come com olhos
lambe com os dedos
sente
mente
crê
não vê
quem sou?
uma mera extensão de você!
sou Lady Shadow
e essa?
é a escuridão da minha alma.
Caminho nas escuridão das trevas que eu mesma criei.
surge na escuridão
acalenta seus sonhos
desaparece na multidão
corre do próprio destino
sempre lenta ao seu desvario
come com olhos
lambe com os dedos
sente
mente
crê
não vê
quem sou?
uma mera extensão de você!
sou Lady Shadow
e essa?
é a escuridão da minha alma.
Caminho nas escuridão das trevas que eu mesma criei.
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