sábado, 25 de dezembro de 2010

Sou aquela que entre tantas outras
Você não esquece
Sou comum aos seu olhos
Mas incomum aos seus sentidos
Posso ser o vento
A chuva
A rebentação
A terra
Sou uma exclamação
Uma vírgula
Ou um simples ponto final
Posso ser isso
Aquilo
Isto
Mas prefiro ser esta
Aquela que está
Estou em todo lugar
Ou lugar nenhum
Você pode me ouvir
Me ver
Me sentir
Estou em varios lugares
E em lugar nenhum
Sou aquela que te toca com os pensamentos
Com as ideias
Com os sentidos
Te envolvo
E depois te devolvo
Posso ser uma margarida
Com sua simplicidade e pureza
Uma rosa
Com sua beleza e perfumes envolventes
Mas com espinhos a espreita
Posso ser como a orquídea
Com seu mistério
Posso ser um pouco de você
Um pouco dele
Um pouco dela
Ou toda eu

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Então cobri meus olhos com as mãos
Era muita luz

Abri meus braços e deixei o vento passar
Era um dia lindo

Ao fundo, apenas a rebentação das ondas
E lá estava eu

Simples assim:
Eu, sol e mar

Então uma nuvem encobriu o sol
O meu sol

E o vento começou a fustigar meu rosto
Minha pele ardia

A fundo, gaivotas com seus gritos agourentos
Ou seriam corvos

Simples assim:
Eu, escuridão e a solidão