segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Enquanto rastejo em minha auto-comiseração
Vasculho em minhas lembranças
E em cada momento sinto você

É estranho sentir quando lembramos
Mas é isso que acontece
Sinto você

Seu sabor
Seu cheiro
Seu toque

Tudo muito vívido
Tudo muito real
A espreita

Sinto como se te prendesse em meu olhar
Em meus lábios
Em minhas mãos

Mas isso não é possível
A dor reclama seu lugar
E por fim, meu coração se entrega

O calor dá lugar ao frio
E sinto um terror subindo pela minha espinha
Já devia estar familiarizada

Nada é bom demais para durar
Ou talvez
Eu não seja boa o suficiente para que algo dure

A solidão me envolve
Não ouço mais seu riso
Seus sussurros

Não sinto mais teu calor
Apenas minha dor
E descubro com pesar

Que não sou mais ao redor de você
E nem você ao redor de mim
Sou apenas eu

Mais um vez
Incindicional e irrevogavelmente
Sozinha

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